O tratamento do câncer de tireoide é, essencialmente, cirúrgico. No entanto, mais terapêuticas complementares podem ser indicadas a depender do tipo e estágio do tumor, assim como das condições clínicas de cada paciente. É o caso do iodo radioativo, da radioterapia externa, entre outras.
O Dr. Leonardo Macedo é um cirurgião oncológico e cabeça e pescoço com mais de 10 anos de experiência no tratamento de câncer de tireoide. Ele é especialista em diagnóstico e tratamento de câncer de tireoide.
Incidência e causas da doença
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA),o câncer de tireoide é o tumor endocrinológico mais comum. É, também, um dos cânceres mais frequentes entre os tumores de cabeça e pescoço.
A doença afeta ambos os sexos e pode surgir em qualquer idade. Entretanto, é cinco vezes mais comum nas mulheres do que nos homens, principalmente, na idade adulta. Contudo os homens também podem ter essa doença.
Segundo o levantamento mais recente, elaborado pelo INCA, estima-se que, para cada ano do triênio 2023-2025, surjam 16.660 novos casos da doença no Brasil. Dessa maneira, desconsiderando o câncer de pele não melanoma, o câncer de tireoide ocupa a sétima posição entre as neoplasias mais frequentes no país, sendo o terceiro mais incidente entre as mulheres do Sudeste e do Nordeste. Isso faz do Brasil um dos locais com a maior taxa de incidência de câncer de tireoide no mundo.
Já em escala mundial, os dados mais recentes, divulgados em 2020, apontam a ocorrência de cerca de 590 mil novos casos anuais da doença. Esse montante equivale a 3% de todos os casos de câncer, o que coloca a neoplasia de tireoide na nona posição de tumores mais frequentes no mundo.
As causas da doença ainda não são totalmente esclarecidas. O que se sabe é que o histórico de irradiação na região do pescoço, bem como a realização de radioterapia em baixas doses, principalmente na infância, aumenta o risco de desenvolvê-la. Outros fatores relacionados são algumas síndromes genéticas e hereditárias, assim como a alimentação pobre em iodo.
Como é o tratamento do câncer de tireoide?
Primeiramente, precisamos compreender que o câncer de tireoide apresenta diferentes tipos histológicos, os quais variam conforme a célula que deu origem ao tumor. Os principais são:
- carcinoma de tireoide papilífero, o mais comum, com altas taxas de cura (cerca de 98%, quando descoberto e tratado em estágio inicial);
- carcinoma de tireoide folicular, também considerado como de baixa agressividade;
- carcinoma de tireoide medular, mais agressivo e de tratamento mais difícil;
- carcinoma de tireoide anaplásico, o mais agressivo e de tratamento muito difícil — mas, extremamente raro.
Se diagnosticado com protocolos instituídos corretamente, a abordagem inicial é a cirurgia com retirada, total ou parcial, da glândula tireóide. Se houver comprometimento dos gânglios do pescoço (linfonodos),eles também devem ser removidos.
Portanto, a extensão da cirurgia dependerá do estágio da doença. A reposição do hormônio tireoidiano deve ser avaliada no pós-operatório e a sua manutenção em níveis adequados também atua para prevenção das recidivas.
De acordo com a agressividade do tumor e o seu risco para retorno e progressão da doença, pode ser necessário o tratamento complementar com iodo radioativo. Outras formas de tratamento também podem ser associadas, como a radioterapia externa, a quimioterapia e/ou a terapia alvo. Mas, geralmente, essas são limitadas a casos mais complexos.
Tratamentos por tipo e estágio
Como explicado, o tratamento do câncer de tireoide varia conforme o tipo e o estágio do tumor. Além disso, também é necessário considerar a idade e o quadro de saúde geral do paciente.
Por exemplo: no carcinoma de tireoide papilífero, a cirurgia é a abordagem padrão. Se os tumores forem pequenos e localizados, pode-se realizar a lobectomia (remoção do lobo da glândula que os contém). Se maiores ou mais dispersos, realiza-se a tireoidectomia (remoção completa da glândula) e, se necessário, a retirada dos linfonodos adjacentes (o chamado esvaziamento cervical).
A conduta cirúrgica é bem semelhante quando se trata de carcinoma papilar ou do carcinoma folicular da tireoide, pois ambos tumores são considerados como de baixa agressividade. Já no carcinoma de tireoide medular, indica-se a tireoidectomia total, com inclusão dos linfonodos ao redor da tireóide, para todos os casos.
Já se houver metástases à distância, pode ser necessário realizar radioterapia, quimioterapia e/ou terapia alvo. Além disso, seja qual for o estágio, é preciso repor o hormônio da tireoide de forma adequada.
Por fim, no câncer de tireoide anaplásico o quadro costuma ser sempre avançado. Além da cirurgia, realiza-se radioterapia, por vezes, combinada à quimioterapia ou à terapia alvo.
Acompanhamento pós-tratamento
Quem teve câncer de tireoide precisa fazer o controle a longo prazo, cerca de 20 anos. O acompanhamento é realizado pelo(a) cirurgião oncológico – cabeça e pescoço, que realizou a cirurgia ou pelo endocrinologista parceiro da equipe cirúrgica, inclusive, eu, Dr Leonardo Macedo tenho vários pacientes em acompanhamento. O tempo de seguimento, por sua vez, varia caso a caso.
Importância da abordagem multidisciplinar
O câncer tireoidiano apresenta, na maioria das vezes, um prognóstico excelente. Isso, vale lembrar, é especialmente válido em casos nos quais o tumor é descoberto em estágios iniciais.
Mas, para além do diagnóstico precoce, outro fator fundamental no sucesso do tratamento do câncer de tireoide é a equipe médica multidisciplinar. Geralmente, essa é composta pelo(a) endocrinologista, pelo(a) patologista, pela equipe de medicina nuclear e pelo oncologista cirúrgico especialista em tumores de cabeça e pescoço.
O Dr. Leonardo Macedo é um cirurgião oncológico cabeça e pescoço com mais de 10 anos de experiência no tratamento cirúrgico de câncer de tireóide.
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